Ele vai diariamente e diz que aproveita para encontrar amigos.
Segundo IBGE, lan house é segundo local de onde mais se acessa internet
O cabeleireiro e artista plástico Carlos Araújo, de 30 anos, é um dos brasileiros que usa a lan house todos os dias - nesta sexta (11), dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que as lan houses superaram o ambiente de trabalho entre os locais de origem dos acessos à internet.
"Venho três, quatro vezes por dia, de manhã, à tarde e à noite. Uso Orkut, MSN, faço pesquisa de trabalho, procurando tendências de corte e penteado de cabelo, e também de mosaicos", conta Araújo, que frequenta uma lan house na comunidade Dona Marta, na zona sul do Rio de Janeiro.
Ele não tem computador em casa e nem pretende ter.
"É muito monótono ficar sozinho em casa na internet. Aqui na lan, a gente conversa, encontra os amigos, é bem mais divertido", diz o cabeleireiro, que usa a lan house como ponto de encontro para "socializar".
O estudante Douglas Magalhães Miranda, 15, também é frequentador assíduo da lan. "Costumo vir muito, mais de uma vez por dia. Às vezes meus pais reclamam por eu passar tanto tempo na lan house", admite.
Mesmo assim, o estudante diz que sua família - que ainda não tem computador em casa - acha "importante" que ele use a internet. "Uso muito para fazer pesquisas para a escola, ver vídeos, conversar no MSN e mexer no Orkut", conta Douglas, que também usa a lan house como ponto de encontro antes de sair com os amigos.
A vendedora Luana Santos, 20, também frequenta a lan house diariamente. "Não consigo ficar um dia sem internet. Preciso acessar meus e-mails e o Orkut. Enquanto não venho aqui, fico pensando se mexeram no meu Orkut, se ele foi hackeado", confessa a jovem, que também não tem computador em casa.
Já Diogo de Oliveira Azevedo, 20, tem computador e internet em casa. Mas ainda assim prefere acessar a web da lan house. "Minha mãe costuma usar mais, para fazer pesquisas para o trabalho. Aí, dou preferência", conta. "Acho que tem mais privacidade aqui também", diz Diogo, que costuma acessar o Orkut, MSN, Google e sites de notícias.
O dono da lan house, Jeli Souza, 37, diz que o horário de maior movimento é à noite, a partir das 20h.
"Como aqui tem muitos nordestinos, o pessoal vem para conversar com os parentes que moram longe", conta o microempresário. "Tem uns que também querem aprender a usar a web para saber o que os filhos andam fazendo".
A lan house tem 16 computadores, funciona diariamente, das 10h à meia-noite, e antes de abrir já tem fila na porta. "É igual farmácia. Não pode fechar, senão com certeza vão me chamar para abrir", afirma Jeli.
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